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Omnia in Unum

Omnia in Unum

O meu dia agridoce

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Há sempre no espaço, uma relatividade nas emoções...da Tailândia veio o calor humano que me enterneceu o coração. Da minha rua, um ameaço de incêndio no meu prédio fez-me vacilar de receio. Pelo meio, o tempo perde o sentido e tudo se mistura na humanidade de sermos seres que sempre caminharam, e caminham, num mundo fluído, por entre o dia ou a noite, a alegria ou a tristeza, a lágrima ou o riso. Um Yin Yan eterno em nós se movimenta em equilíbrio, apesar de muitas vezes cedermos um pouco mais ao lado pesado da energia que nos rodeia.

Mas ainda assim, no final do dia, quando o trabalho se esvai na última luminosidade de um verão envergonhado, o efeito do pequeno susto se vai perdendo, e a a saúde do momento já vai pedindo férias, é mesmo da Tailândia que vem um pensamento de paz, na certeza que todas aquelas crianças, e o seu treinador, já se encontram abraçados pela luz do dia...e assim deito a cabeça, respirando bem fundo, e deixando a alma esboçar-me um pequeno sorriso na face. Talvez fosse mais fácil carregar já o amanhã com uma qualquer carga negativa, de um qualquer assunto complicado. Mas hoje, só por hoje, tudo se resolveu, e no momento, neste momento, sorrio e tenho esperança dentro de mim. Uma esperança que vai bem fundo, bem para lá das rotinas dos dias...mais do que me fazer sentir bem, fez-me acreditar em todos nós...na humanidade, em mim, em ti. Num mundo melhor. Porque simplesmente não faz sentido sentir-me bem, sem acreditar, e trabalhar, para todos e com todos, para um mundo melhor. Por entre a rotina dos dias. Na via do Caminho do Meio. No horizonte das dez mil coisas.

E muito obrigado a todos pelas vossas mensagens. Foi apenas o susto, tudo está bem :)

Deutschland

Bandeira-da-Alemanha-2000pxAcabei agora de trabalhar. Ao ligar a televisão, apenas o tom dos jornalistas parecia deixar antever que algo de fantástico tinha acontecido. Fiquei assim a saber que a Alemanha tinha sido eliminada do Mundial de Futebol, que em Berlim era a tristeza que passeava pelas ruas numa (talvez) solarenga tarde, e que existia um certo tom de contentamento geral dos homens que habitualmente relatam estas coisas da bola. Não é, de facto, coisa que consiga perceber muito bem.

Toda esta reação em torno do gigante caído retrata um pouco de nós mesmos...na rotina dos dias, vivemos uma tão intensa quanto relativa (ou ausente) positividade que se respira no que de artificial nos rodeia, alimentando todo um conjunto de objetivos em que nunca pensámos, mas que com toda a certeza vamos conseguir atingir se muito trabalharmos, abdicando dessa "entidade negra" chamada zona de conforto (aquela a que por vezes temos tanta necessidade de voltar, para sarar as nossas feridas), para transcendermos o estado presente das nossas vidas...as fórmulas rodeiam-nos, e os resultados da sua aplicação multiplicam-se em ainda mais fórmulas, num caminho de nenhures, rumo ao sucesso...também aí reside uma parte importante das mecânicas nacionalistas que vão emergindo no nosso tempo, e que nada mais são do que o apoderar por parte de alguém destas dinâmicas coletivas, algumas vezes aplicando-lhes um símbolo. Mas a isso voltarei outro dia.

Neste processo mental de luta permanente, algures entre David e Golias, em cujo triunfo do underdog é considerado ao nível pessoal, vamos esquecendo como se erra, e como refletir nesses erros...esquecemos igualmente de como a vida nos brinda com a sua ciclicidade, que nos banha nas ondas de um mar interior que gostamos de ver ilustrado no silêncio da praia. Saber observar esse além, na natureza que nos rodeia e na humanidade que nela desponta, é o que nos faz evoluir, sonhar, pensar e amar um mundo melhor...sempre renovando-se, e levando-nos com ele.

Bourdain

[caption id="attachment_684" align="alignnone" width="1200"]anthony-bourdain Crédito: Desconhecido. Solicito informação.[/caption]

Como todo o mundo, fui apanhado de surpresa pelo falecimento de Bourdain. Soube através de um tweet da CNN, e imediatamente me invadiu um sentimento de vazio, nunca preenchido pelo constante fluxo de informação que se seguiu. Sendo fã dos seus livros, da sua personalidade, duas coisas me encantavam especialmente. Em primeiro lugar, a postura de enfant terrible num mundo tão artificial quanto o da alta cozinha, onde impera a ditadura da imagem e o vazio da essência. Bourdain dava a esse mundo um colorido tão característico da sua personalidade sempre desperta, tão inquietante como inquieta, tão irreverente como criativa, um predicado apenas reservado aos génios, uma genialidade apenas reservada aos espíritos livres, que sentem e refletem o mundo que observa, os caminhos que passam, os céus que os acompanham.

Mas a principal qualidade que apreciava em Bourdain era a sua visão global do mundo, baseada nos seus aromas, nos seus sabores, e na forma como os explanava nas suas viagens. Bourdain era o protótipo do viajante de que tanto falo, viajando pelo mundo tão livre quanto o horizonte do seu sentir. Apesar da sua fama, com todos falava, com todos comia, sempre com a sua natural curiosidade, fosse no fino restaurante ou na roulotte de rua. E depois de tudo, de respirar e de usufruir de cada viagem e de cada ambiente, era imensa a forma como, qualquer viajante, sabia voltar...as suas entrevistas, as suas aparições públicas, eram acontecimentos para serem ouvidos e sentidos. Bourdain contava as suas experiências, o que sentia com elas e as lições que delas tirava, de uma forma tão profunda quanto simples. Sabia voltar, transmitindo algo, dando a conhecer um pouco mais do mundo que na visão dele era unido na extraordinária diversidade dos seus sabores, das suas cores, das suas sensações. Deixava-nos a todos um pouco mais ricos, na partilha da sua experiência, para depois voltar a partir.

Enquanto toda a informação do seu falecimento ia desfilando, dei por mim a pensar que Bourdain iria adorar conhecer o restaurante nordestino que me indicaram perto do local onde me encontrava, em S. Paulo, e que à boa cozinha tradicional adicionava a cultura nordestina e a simpatia dos seus empregados . E com toda a certeza, a simpatia dos convites que tive para experimentar pratos típicos de cozinha brasileira em casa de colegas, não lhe passaria despercebida. Embora apenas tenha tido contacto com o seu trabalho nos últimos anos, não consigo deixar partir um sentimento de perda por alguém que tinha essa forma tão simples e global de sentir o mundo, com a qual me identifico...simplesmente desfrutar, caminhar, conhecer, seja na chuva de Londres, nos pequenos povoados dos Pirinéus, ou no sol de S. Paulo, e que me despertava uma certa figura de mentor. Se alguma lição Bourdain nos deixa é a de que, num mundo que vai ficando cada vez mais tenso nas suas dinâmicas geopolíticas, não devemos esquecer o que nos une enquanto humanidade, uma simplicidade construída por milhares de anos, revelada numa diversidade que a todos nos define. Esse é o nosso caminho. O único caminho. Trilhar esse percurso pode ser algo tão simples quanto apreciar o que nos rodeia de uma forma diferente, como nosso, independentemente da parte do mundo onde estejamos.

Descansa em paz, Anthony Bourdain. Obrigado pelo mundo que nos revelaste com as tuas viagens.

Ma

https://www.youtube.com/watch?v=e0E0U-9XOt8

Sou, de há muito, um fã de Yo-Yo Ma. Não apenas pelo facto de Ma ser um grande músico (há muito tempo que me rendi ás suas interpretações de Bach), mas pela sua visão do homem, da arte, do mundo... da forma como neles sempre viaja por via da harmonia da música, nos diferentes sons que nos compõem a todos enquanto humanidade. Ontem, na Bloomberg, uma pequena entrevista com David Rubisntein, que aconselho a ver.

Crédito do Vídeo: Bloomberg

Saudosismo

[caption id="attachment_275" align="alignnone" width="2000"]gabriele-diwald-190721-unsplash_2 Crédito: Desconhecido. Solicito informação.[/caption]

Confesso que vejo com alguma estranheza as ondas de saudosismo que amíude invadem os que me rodeiam...não sendo eu pessoa propriamente virada para as recordações, sinto-me por vezes perdido numa dimensão algo intemporal, por entre tanto desejo do regresso de um passado mais ou menos distante, e que traz consigo uma sensação circular, do algo já vivido que desponta por entre algo ainda a viver.

Vejo nisso a afirmação de silêncios modernos que vagueiam em nós sem destino, filhos de uma casa pródiga nunca encontrada. O regresso à infância e adolescência assume-se basicamente como o regresso bucólico a um tempo mais simples, de menos restrições e mais permissões, onde os horizontes renasciam por entre as tristezas volúveis das tempestades primaveris desses tempos. Existiam sonhos, esperanças...acima de tudo, existiam escolhas, que se tornavam maiores e mais abertas quanto mais longe se ousava ver, ou quanto mais se sentia a intensidade do viver. Volta-se, sobretudo, ao único ponto da vida onde muitas vezes se sentiu uma verdadeira felicidade e, mais do que isso, uma verdadeira conexão com uma identidade que muitas vezes, no presente, se sente perdida, algures no caminho.

A submersão nas realidades sócio-económicas diárias reduzem os sonhos, esculpem o tempo por entre a rigidez das rotinas, aprisionam os hábitos nos ditames morais do que deve ser a evolução da pessoa no seu trilho de vida, molda-se o Ser no navegar por entre cortinas de fumo permanentemente mutáveis. Temos a noção de que deixámos de ser exploradores da vida, ousados no que desejamos para a nossa felicidade, para sermos visitantes de pequenos mundos, fabricados fora de nós, e onde a circularidade da existência torna-nos nada mais do que uma gigantesca montra para poderes que não controlamos, mas cuja existência desejamos na vida diária, pois nessa existência, ainda que cénica e virtual, encontra-se um rumo, por vezes há muito perdido.

Ainda assim, assistimos a novas formas de pensar a vida, que não a da resignação ao recordar da vivência do passado. A consciência do que se perdeu começa a ser fundamental no emergir de um novo tecido social, menos fundamentado nos dogmas sociais, e mais no que se deseja buscar da nossa felicidade...consubstancia-se, no geral, no regresso a uma vida mais simples, mais minimalista de ver a nossa caminhada. De formas variadas, mais ou menos dramáticas, assistimos a quebras de laços afetivos, profissionais ou sociais, emergindo novos paradigmas de relacionamento (independentemente do tipo), trabalho ou social, mas igualmente de relacionamento com a humanidade que a todos nos une, e com o planeta que nos acolhe. Em todos esses casos, cada vez mais presentes, podemos também ver um regresso ao que fomos, devolvendo sorrisos, retomando a capacidade de escolher e de definir novos horizontes. É uma renovação mais estrutural da sociedade que, parece-me, é bem mais estimulante, bem mais geradora de desafios para nós e para as gerações futuras, do que induzir uma falsa sensação de felicidade através de uma rotina circular entre o vazio dos dias, e um desejo mais automático do que refletido de ir a uma qualquer festa, embarcar numa qualquer moda revivalista, ou ir a um qualquer ginásio para um reencontro com um passado que não volta.

Torna-se igualmente interessante refletir sobre a estrutura sócio-económica que tendencialmente nasce deste movimento. Da emergência de uma economia mais direta, colaborativa e local à economia circular, passando por reduções nas necessidades de consumo, uma maior consciência ambiental e uma redução das necessidades produtivas em organizações que cada vez mais tenderão a colocar a sustentabilidade do homem e do meio como pilares da sua atuação, é algo a ser analisado com muita atenção, numa reflexão que (apesar de estarmos perante uma tendência de médio/longo prazo) apenas depende da nossa vontade em olhar o futuro a partir do nosso ponto presente, e de não esquecermos o principal objetivo que norteia a caminhada humana. A felicidade.

  

Falcões

[caption id="attachment_671" align="alignnone" width="2000"]cropped-hopper-big Crédito: Edward Hopper[/caption]

Quando vi Nigthawks pela primeira vez, demorei algum tempo para passar a outro quadro. Se há na obra de Hopper um símbolo da mestria do lidar com o tempo, de deixar que num momento fixo ele continue a fluir na nossa mente, então esse símbolo será este cenário noturno, intemporal, que podemos encontrar em qualquer cidade, imerso numa qualquer noite, e do qual sempre fugimos na superficialidade da vida moderna. É um quadro sobre a solidão...uma pessoa só, de cabeça um pouco baixa, reflete...um casal parece imerso numa conversa calma, onde a análise de algo impera...não sabemos o que falam ou o que pensam, nem sequer se se encontraram apenas aqui, na partilha da sua solidão individual, ainda que a mulher apareça algo alheia e impaciente. Mas encontramos uma certa dualidade nesta solidão, porque se uma pessoa só pode eventualmente estar perdida no seu mar de pensamentos, sem um caminho ou uma saída, certo é que a solidão também pode existir num espaço de duas pessoas, dois seres que decidem na partilha caminhar sós, num mundo que naquele momento (ou em outros) não lhes interessa. Ainda que possam estar perante um dilema, exigindo reflexão, estão calmos...sabem que têm de estar ali. Sós.

Como em toda a obra de Hopper (principalmente na que retrata momentos, pessoas), é desafiante pensar em Nighthawks como um momento num tempo que passa, num espaço isolado na realidade. Na visão do momento, não é tão importante para mim pensar no "de onde estas pessoas vieram", mas mais no "como estas pessoas chegaram"...se estariam perdidas na noite e perdidas continuavam, ou se encontraram este local depois de encontrarem a solução para os seus próprios momentos interiores, e apenas relaxam neste ponto de chegada. Posso aqui inferir todo um conjunto de exercícios psicológicos, mas, independentemente dos cenários, desperta-me a atenção de que este café noturno não tem portas de entrada. Surge-nos como uma inevitabilidade da caminhada, um ponto onde não é importante a entrada ou a saída, mas o estar, o pensar, o refletir...tanto mais importante quanto estamos perante uma rua que parece intercetar outra...uma divisão que naquele café se consubstancia não na necessidade de decidir, mas de refletir nessa decisão, o que não deixa de conferir a este quadro uma certa intemporalidade que se assume quase como uma lição do sermos humanos em tempos de desnorte moderno.

Nighthawks realmente fascina-me. Irei voltar a ele várias vezes, porque a sua vastidão não permite colocar todo o seu sentido num artigo, e porque a sua vastidão também depende muito do momento que vivemos quando o observamos, colocando esse sentido numa dimensão que tanto nos assusta: a emocional. A humana. O sermos nós, com a nossa fraqueza moderna de termos de pensar, sentir. É, de facto, um lugar comum da arte,  esta relativização do sentir, mas é isso que torna-o admiravelmente transcendente e, para mim, um dos expoentes máximos da apreciação da pintura como exercício da nossa própria humanidade.

Major Tom

[caption id="attachment_123" align="alignnone" width="1024"]Starman_SpaceX Credit: Space X[/caption]

Como todo o mundo, assisti com um misto de admiração e alegria ao lançamento do Falcon Heavy. Numa ótica mais pessoal, juntou-se a este sentimento um certo revivalismo de alguém que sempre gostou muito de astronomia e da ciência astronáutica, e que sentia, desde o final da guerra fria e de alguns lançamentos ocasionais, falta desse imaginário infanto-juvenil, relacionado com a exploração espacial, preso num certo cinzentismo de uma rotina automática e circular em que a mesma se foi tornando. Não que ela não nos trouxesse a magia de cada vez melhor conhecermos a nossa real dimensão no universo (assim como a real consciência da mesma) mas...faltava algo.

Com o Falcon Heavy, a magia da exploração espacial renasceu. E por entre um ambiente geopolítico que evoca a dinâmica de blocos da guerra fria, onde nasceu e se desenvolveu num imemorial primeiro capítulo, renasce simbolizada do eterno Major Tom, o ícone da canção de Bowie...sim, oficialmente chama-se Starman, mas prefiro pensar que é o Major Tom que navega no espaço, transportando em si toda uma nova iconografia baseada no homem em vez do estado, na humanidade em vez do grupo, na conexão em vez dos conectados...a sua nave espacial já não é um símbolo de uma competição, mas de um engenho que mais que a visão de engenho humano e social de Elon Musk, transporta para o espaço o nome de um dos maiores génios que a humanidade, em toda a sua história, alguma vez conheceu, unidos por uma visão diferente, e alternativa do ser humano...Musk ao nível mundo, Tesla ao nível da eternidade.

Voltando à visão pessoal, o Falcon Heavy é também um símbolo de solidão, não com o significado mercantilista dos dias que correm, mas com a capacidade de interiormente discernir o que de mais vasto existe em nós, independentemente da distância e libertos dos grilhões do tempo...de que ainda vale a pena pensar o mundo e a humanidade no contexto da sua história, das lições aprendidas e dos horizontes alcançados por entre as pregas do espaço-tempo. Não sei se o Major Tom pensa nestas coisas no seu caminho para Marte. Gosto de pensar que sim, e de acreditar que quem nos guia pelo espaço nos mostra, de uma forma nova, o universo que todos nós vemos, o universo que desde sempre vive em nós.

Crédito da Imagem: SpaceX 

Tudo em um

[caption id="attachment_728" align="alignnone" width="1024"]snoopy-and-charlie-brown Crédito: Peanuts[/caption]

Omnia in Unum representa o princípio da unicidade. Um princípio que se torna uma sensação quase física quando, ao olharmos à nossa volta, sentimos que tudo no universo se movimenta de uma forma síncrona, sem tempo ou espaço senão aquele que em nós vive, e que se espelha nesse quadro perpétuo que se estende à nossa volta.

É igualmente o princípio da nossa própria existência. Ao longo da história da humanidade, o que fazemos, criamos ou destruímos, define-nos de uma forma diária, construindo-nos como a soma de todas as vitórias e derrotas, alegrias e tristezas, determinação ou medo. A soma que ao longo do tempo se vai tornando uma encruzilhada, numa humanidade que esquece a sua própria história para se redefinir num loop contínuo de vazio. Uma eterna escolha, tão antiga quanto o tempo, que de uma forma tão direta quanto ausente ousamos permanentemente adiar, na alvorada de um novo tempo.

É também a forma como nos revemos no que fazemos, vemos, ouvimos, lemos. Como ponto consciente de um universo que baila à nossa volta, ou como expressão máxima de uma humanidade que navega na alegoria dos seus nadas, navegamos por entre o dia e a noite, o profissional e o pessoal, o nosso grande o grupo e o nosso mundo cada vez mais pequeno, enquanto a seta do tempo desfila à nossa volta, moldando-nos sem o percebermos, iludidos em sonhos de grandes mudanças, e perdendo a visão da mudança que em nós mesmos estamos destinados a realizar, na grandiosidade do ser humano que desde a sua origem é condenado a evoluir, e a evoluir-se.

Omnia in Unum é, assim, tudo sobre nada e nada sobre tudo. No ponto de contacto entre essas realidades, encontro-me eu. Estas são as minhas palavras e as minhas imagens... convido-te a esquecê-las.